15 setembro 2006

Travessia St.Cruz-Cascais - 10Set06







86kms 6h pedalada
Existe sempre uma viagem desde que tenha ponto de partida e chegada.

Se ela começa além fronteiras ou em território nacional, isso não é importante desde que tenhamos como companhia a nossa paixão, a bicicleta.
Neste dia não éramos muitos. Todos se conheciam e havia como denominador comum, a partilha entre amigos de conhecer e desfrutar de locais bem perto da Capital.
Isto de ir várias semanas para o estrangeiro andar de bike, não está ao alcance de todos. Independentemente de gostos, capacidade financeira ou simplesmente disponibilidade familiar, é bom não esquecer que, também aqui em Portugal, existem surpreendentes paisagens de cortar a respiração.
O track original dava a direcção, o Jaime o local para almoçar, o Maria bolacha filmava e eu, tirava fotos e não me calava.
Se me permitem uma nota de rodapé, já vi muitos trilhos e cenários, mas, recorrer à máquina fotográfica com tanta assiduidade, há muito que não tinha recordação.
Rolámos em areia, terra, estrada, ciclovias; andámos com ela às costas, de comboio, de metro, e para trás deixámos belas praias e sorrisos de satisfação e alegria. Tudo isto sempre com o mesmo desejo, o de continuar a poder fazer travessias como esta.

02 setembro 2006

E tudo começou com um simples aperto









Coruche - 90 kms
Em véspera de mais um reconhecimento para uma futura travessia de vários dias, a verificação técnica da Canondale Prophet resulta num parafuso partido.
Sem stress, a bike híbrida de roda 28 devia aguentar. – Pensou o Paulo
Já em Coruche com o 3º elemento desta aventura, rolámos sem medos pela lezíria ribatejana.
Alguns kms volvidos, diz o Gil, cuidado que nesta zona fura-se muito. Dito e feito. As plantas chamadas “abre-olhos” encarregaram-se de aniquilar a única bicicleta estranha, nunca antes vista por aquelas paragens.
Se não queres furar, líquido verde tens de usar – disse eu ao Paulo.
Ambos os pneus pareciam um ouriço caixeiro; como só havia uma câmara, tivemos que remendar. A cada remendo, um furo novo. Foram 6 no total.
Com 40 º sob as nossas cabeças surge a ideia. Porque não colocar uma câmara 26?
Estica daqui e estica dali e no final aqui ficou mais uma história para contar.