28 maio 2009

Via Algarviana - dias seguintes



O itinerário de hoje tem outra dinâmica. As estradas dão lugar a túneis de vegetação, single- tracks e... bike às costas. Chegar a Barranco Velho é dantesco.
Calcorreando as ladeiras em direcção a S.B. Messines, só não lanço “borda fora” o livro África Acima do Gonçalo Cadilhe porque me faz falta para os serões. O meu périplo bem se podia chamar montanha acima.
Por vezes ainda questiono as gramas a mais nos alforges, mas quando faço do meu almoço uma taça de chocapic com leite, a resposta está dada. Se uma refeição assim será loucura ou low-cost, ainda estou para perceber? Quem sabe as vozes que oiço pelo caminho me consigam responder.
VOZES?!!! Sim, há quem diga que sou maluco em fazer estas aventuras em autonomia, no entanto, eu oiço vozes que dizem que não. J
Ontem o pequeno-almoço reforçado na escola primária de Casas Baixas e hoje na casa do povo de S.B.Messines juntamente com a amabilidade e hospitalidade das gentes locais, curam e revitalizam corpo e mente; é tudo natural, sem corantes nem conservantes.
Os gráficos de altimetria podem indicar o dia mais difícil de pedalada, não obstante, existem inúmeras variáveis que acabam por anular momentos difíceis e os piores cenários. Foi o caso de hoje.
A serra de Monchique parece uma montanha russa. Para cada lado que olhasse, via mais do mesmo. Até fiquei enjoado com tanto acumulado.
O caminho para o alto da Foia passa –quase – em Silves. Foram mais de 50kms sem qualquer tipo de infra-estrutura permitindo que a comida chegasse ao fim e eu ficasse mais leve.
No dia em que uma travessia não tiver chuva, serei um homem feliz. Por isso, vou continuar...a pedalar...


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