28 maio 2009

Via Algarviana


"Existem três tipo de pessoas no mundo: as que fazem as coisas acontecerem, as que vêm as coisas acontecerem e as que perguntam o que aconteceu."

Enquanto fazia e refazia as mochilas para a missão de 6 meses que se avizinha, por vezes perdia a concentração e a minha atenção ia directamente para os alforges cujo enchimento decorria a conta gotas. A Via Algarviana esperava por mim.
Esta travessia é uma vacina para evitar as saudades daquilo que mais gosto de fazer. Andar de bicicleta, porque quando parar de pedalar, caio.
Como vou estar alguns meses longe de casa, só não trouxe a “secção de congelados”, de resto, desde a fava frita, à passa de uva passando pelas bolachas e frutos secos, tudo contribuiu para cumprir a segunda regra da minha casa. Antes fazer mal que se estrague.
Já em Alcoutim, tive a pousada, a piscina e o quarto só para mim
À semelhança do Caminho de Santiago, também nesta rota as indicações são tantas que é impossível não as ver, mas com GPS carregado, é andar descansado. Lá, a riqueza do caminho reside nas pessoas, aqui, é nas paisagens. Mesmo que as descreva mil vezes, jamais lhes farei justiça.
Com certeza posso dizer – porque o sinto nas pernas e no corpo – que a dificuldade física desta rota é um factor a ter muito em conta.

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